YAMILETH LA TORRE
( PERU )
Yamileth Latorre Quintana (Cuzco – Peru, 1977).
Licenciada em Ciências da Comunicação, com estudos de mestrado em Jornalismo escrito, pela Uniersidad de San Martín de Porres.
É jornalista e professor universitário.
Escreveu dois poemários, ainda inéditos (em 2012) e prepara um livro de contos.
Participou do encontro latino-americano de poetas El Vértigo de los Aires (Ciudad do México, 2007) e foi incluida na antologia do evento.
ALEF – Revista de Literatura Ibero-americana. Ano I no. 1. Editores: Ana Laura Kosby e Marco Celso, Huffell Viola. Gramado, Rio Grande do Sul, Brasil: maio 2012 56 p.
Ex. bibl. de Antonio Miranda
TEXTOS EN ESPAÑOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
ESTAMOS CRECIENDO SOLOS
Hoy me he volteado a verte
y he visto que hay una selva que te nace
en la médula espinal
(un león está alojado junto en tu coronilla
y un ave revolotea sobre tu ombligo)
Me he cubierto los ojos por respeto a tu pudor
y — para no alarmarte — te he dicho:
Estamos creciendo solos
ausentes del mundo
desnudos, sin rumbo, solos, solos
Y tu has estallado en llanto
porque (sólo hay leones y aves y alucinaciones)
no hay cataplasma frio para la fiebre
ni madres deseándonos las buenas noches
Estamos creciendo solos
huérfanos, resignados, tristes, tristes
Nos estamos haciendo salvajes
dándole a las rocas para
ver nacer el fuego.
La piedra nos alcanzará
Arrojar una piedra, ocultar la mano y correr. Decir te amo, esquivar la boca, callar los ojos y correr. Tropezar,
caer, volver a pensar te amo. Levantarse y seguir
corriendo.
La piedra nos alcanzará.
No bailo
Estaba celebrando
afuera:
simulando
que entienden
que no son infelices
están celebrando
con sus trajes
de pintas
nudos
rayas, rayas
y anzuelos
El que ha venido
está llamando
al que no
al que se quedó
porque se hizo tarde
porque se murió
y no se dio cuenta
Están brindando
aún queda noche
maquillaje
sombras
sonrisas
espadas
Ellos son
y están
se quieren quedar
para siempre
yo los voy dejando.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
ESTAMOS CRESCENDO SOZINHOS
Hoje voltei a ver-te
e vi que existe uma selva que nasce de ti
na medula espinhal
(um leão está alojado junta da coroa de teu crânio
e um ave revolotea sobre teu umbigo)
Cobriu-me os olhos por respeito ao teu pudor
e — para não te alarmar— eu te disse:
Estamos crescendo sozinhos
ausentes do mundo
despidos, sem rumo, sozinhos, sozinhos
E tu estouraste em pranto
porque (somente existem leões e aves y
[alucinações)
não existe cataplasma frio para a febre
nem mães desejando-nos boa noite
Estamos crescendo sozinhos
órfãos, resignados, tristes, tristes
Estamos nos tornando selvagens
dando às rochas para
ver nascer o fogo.
A piedra nos alcanzará
Arremessar uma pedra, esconder a mão e correr. Dizer te amo, esquivar a boca, ocultar os olhos e correr. Tropeçar,
cair, voltar a pensar te amo. Levantar-se e seguir
correndo.
A pedra nos atingirá.
Não danço
Estava celebrando
lá fora:
simulando
que entendem
que não são infelizes
estão celebrando
com seus trajes
de desenhos
nudos
listras, listras
e ganchos
Quem veio
está chamando
ao que não
ao que ficou
porque se fez tarde
porque morreu
e não se deu conta
Estão brindando
ainda resta noite
maquiagem
sombras
sorrisos
espadas
Eles são
e estão
querem ficar
para sempre
eu os vou deixando deixando.
*
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Página publicada em outubro de 2023
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